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Egito reduz exigência sanitária nas exportações

Carne de frango não precisa mais ser acompanhada do abate ao embarque por veterinário habilitado pelo país. Presidente da Câmara Árabe estima redução de 10% no custo das vendas.

O Egito flexibilizou as normas sanitárias para as importações de frango. Decreto baixado pelo governo em março extingue a obrigatoriedade de inspeção de lotes de frango do abate até a entrega no porto de embarque por veterinários licenciados no país árabe. A medida vale para todos os países que integram a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), entre eles o Brasil.

Segundo informações da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, a iniciativa vai reduzir a burocracia e os custos envolvidos nas exportações de frango ao Egito, pois a inspeção era bancada pelos frigoríficos exportadores.

“A decisão, resultado de um intenso trabalho setorial envolvendo a Câmara Árabe, a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), a Fambras (Federação das Associações Muçulmanas do Brasil) e a embaixada do Brasil no Egito, traz uma nova perspectiva para o comércio com o país”, destacou o presidente da Câmara Árabe, Rubens Hannun.

O executivo estima uma redução de 10% no custo das exportações, levando-se em consideração uma diária média de US$ 200 paga aos veterinários egípcios, mais passagens e estadia durante cerca de 40 dias.

O Egito é o terceiro maior mercado da carne bovina brasileira no exterior, e no ano passado se tornou o principal destino das exportações do Brasil ao mundo árabe, com US$ 2,13 bilhões, à frente da Arábia Saudita, mas este cenário não se reflete nas vendas de frango. Os egípcios ficaram apenas na 23ª posição entre os destinos das carnes de aves brasileiras em 2018, com US$ 76,2 milhões comercializados, menos de um décimo do total exportado à Arábia Saudita.

Com a redução das exigências sanitárias, o Egito passa a ser visto como um mercado mais promissor pelos exportadores brasileiros, justamente num momento em que a Arábia Saudita – tradicionalmente o maior mercado do Brasil – reduz as importações para incentivar a produção local. Os sauditas pretendem reduzir sua dependência das importações de frango de 70% atualmente para 40% até 2030.

Hannun acrescenta que o Egito é o mais populoso dos países árabes, com 97 milhões de habitantes, forte tendência de crescimento populacional e avanço significativo no consumo de proteínas semiprocessadas.

“Há pouco tempo, a maioria dos egípcios consumia proteína local de asininos. Hoje, o dianteiro bovino está bem presente nos supermercados e o acesso ao nosso frango acabou de ficar mais fácil, agora que uma barreira importante deixou de existir”, ressaltou o presidente da Câmara Árabe.

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