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Egito já pode exportar frutas cítricas ao Brasil

País árabe aguardava publicação de instrução normativa no Diário Oficial da União para poder começar a vender citros ao mercado brasileiro. Câmara Árabe ajudará a promover exportações.

O Brasil abriu seu mercado de frutas cítricas ao Egito. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou no dia 27 de abril uma instrução normativa sobre o assunto no Diário Oficial da União (DOU), que era o que faltava para a conclusão do processo de abertura do mercado, conforme reportagem publicada pela ANBA no começo do mês de abril. Com isso, os egípcios ficaram autorizados, a partir desta segunda-feira (4),  a exportar citros ao Brasil, seguindo os requisitos acordados por suas autoridades com o Ministério da Agricultura (leia instrução normativa).

Os requisitos são que os frutos exportados tenham certificado fitossanitário emitido pela Organização Nacional de Proteção Fitossanitária (ONPF) do Egito, declarando que estão livres de 11 tipos de pragas, incluindo Brevipalpus Lewisi, Eutetranychus Orientalis e Aonidiella Citrina. Eles também devem ter sido tratados a frio de 1,7 graus Celsius ou menos de temperatura por 18 dias para o controle da Bactrocera Zonata. A instrução diz que os envios estarão sujeitos a inspeções no ponto de ingresso no Brasil.

De acordo com informações dadas no começo de abril à reportagem da ANBA pelo adido agrícola da embaixada do Brasil no Cairo, Cesar Simas Teles, os egípcios pretendem explorar os mercados de laranjas, tangerinas e limões do Brasil. O Egito tem acordo de livre comércio com o Mercosul e então a tarifa que o país árabe paga atualmente para que suas frutas cítricas entrem no Brasil é de 2,5%. Segundo o cronograma de desgravações do acordo, ela será zerada em setembro deste ano.

“É muito importante a abertura do mercado brasileiro de citros para o Egito. Vai validar a importância do acordo Mercosul-Egito e ajudar a dar mais equilíbrio à balança comercial entre o Brasil e o Egito, que é favorável ao Brasil”, disse para a ANBA o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Tamer Mansour. A entidade fez um estudo sobre o mercado de frutas cítricas no Brasil e o potencial do comércio com o Egito, que foi entregue para seus associados árabes e para o governo egípcio.

De acordo com Mansour, a Câmara Árabe pretende realizar ações virtuais de B2B para identificar e colocar em contato compradores e vendedores e acelerar a entrada dos citros egípcios no Brasil. O objetivo é mostrar a capacidade do Egito na área e a qualidade de suas frutas. “No último mês, o Egito passou a Espanha e é hoje o maior exportador de laranja do mundo”, disse o secretário-geral.

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