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Arqueólogo diz que Egito é seguro para turistas

Zahi Hawass convidou os brasileiros a visitarem seu país e falou sobre novidades que serão inauguradas. ‘Sem o turismo, não dá para restaurar os monumentos’, disse em coletiva na Câmara Árabe.

São Paulo – O arqueólogo e egiptólogo Zahi Hawass disse nesta segunda-feira (17) que o Egito é seguro para ser visitado pelos turistas e convidou os brasileiros a viajar ao seu país. “Todos os sítios [históricos] são muito seguros, nada pode acontecer com os turistas”, destacou ele, durante entrevista coletiva realizada na sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo. O pesquisador está no Brasil para dar uma série de palestras (veja mais informações abaixo).

O turismo é uma das principais fontes de divisas do Egito, mas a atividade declinou a partir da chamada Primavera Árabe, em 2011, e com episódios de violência ocorridos principalmente na Península do Sinai, inclusive a queda de um avião de passageiros russo, em 2015. “Sem o turismo não dá para restaurar os monumentos e os ingressos [aos sítios] pagam por isso, é um patrimônio mundial”, afirmou.

Hawass falou sobre uma série de novidades para os próximos anos, como a inauguração do Grande Museu Egípcio, próximo às Pirâmides, em Giza, em 2020, a reorganização do sítios das Grandes Pirâmides, para que ele se torne realmente um museu a céu a aberto, “e não um zoológico”, e a abertura do Museu da Civilização Egípcia, no Cairo Antigo, que contará toda a história do país, entre outras.

Khaled Desouki/AFP

Said Abdel Aal, que trabalha em escavações, na tumba de 4,4 mil anos descoberta em Saqqara

O arqueólogo comentou também sobre a descoberta anunciada sábado (15) de uma tumba de 4,4 mil anos em Saqqara – sítio próximo ao Cairo -, local de sepultamento de um sacerdote e sua família. O túmulo está em ótimas condições de conservação. “É uma tumba do Reino Antigo, eu entrei nela há cinco dias”, declarou Hawass.

A busca pelo túmulo de Cleópatra e Marco Antônio foi abordada pelo egiptólogo também. Segundo ele, quem procura pelo sítio é Kathleen Martinez, da República Dominicana, e nas escavações de um templo em Alexandria foram encontrados estátuas, moedas e uma pedra com inscrições que se referem a Ptolomeu V (210 a 181 a.C.), antepassado e antecessor de Cleópatra. “É primeira vez que buscam pelo túmulo de Cleópatra, antes só procuravam pelo de Alexandre, o Grande”, comentou Hawass.

Ele ressaltou ainda a recuperação de 600 objetos que foram tirados do país ilegalmente nos últimos anos e de mil artefatos que foram saqueados durante a revolução de 2011. “No Museu do Cairo, eles (os saqueadores) queriam ouro e ‘mercúrio vermelho’, este último uma lenda que algumas pessoas acreditam, um líquido que existiria nos colares das múmias e que daria poderes para a pessoa controlar demônios e ficar rica”, contou. São poucos os itens que não foram recuperados, segundo Hawass.

Como na entrevista exclusiva que deu à ANBA anteriormente, ele afirmou: “Espero descobrir algo importante até o final do ano”. Ele se referiu às suas pesquisas atuais em busca de tumbas de reis e rainhas como Ramsés VIII, Tutmoses II, Ankhesenamun e até Nefertiti.

Questionado se está confiante que realizará de fato alguma descoberta, Hawass disse que um arqueólogo nunca pode dizer que está confiante. “Porque aí uma maldição fará com que você não ache nada”, ironizou.

Sérgio Tomisaki/ANBA

Rubens Hannun (esq.) observa Zahi Hawass

Hawass ainda aplaudiu a realização de uma missão arqueológica brasileira no Egito, que em janeiro vai realizar sua terceira etapa de campo em Luxor. “Esperamos ter mais expedições brasileiras. Sabemos que os brasileiros têm amor pelo Egito, e são bem-vindos para fazer mais trabalhos em egiptologia”, declarou.

O pesquisador foi à Câmara Árabe acompanhado do embaixador do Egito em Brasília, Alaaeldin Roushdy, e do cônsul comercial em São Paulo, Mohamed Elkhatib, e foi recebido pelo presidente da Câmara Árabe, Rubens Hannun.

O arqueólogo fez uma palestra em São Paulo no domingo (16) e fará mais uma nesta terça-feira (18). Depois ele se apresenta em Curitiba, na quinta-feira (20), e no Rio de Janeiro, no sábado (22).

Serviço

Palestra “Múmias, Pirâmides e Cleópatra: Novas Descobertas”
Com Zahi Hawass

São Paulo
Em 18 de dezembro, às 20 horas
Casa Lucci, Rua Clóvis de Oliveira, 244, Morumbi

Curitiba
Em 20 de dezembro, às 19 horas
Auditório H. Spencer Lewis
Rua Nicarágua, 2620, Bacacheri

Rio de Janeiro
Dia 22 de dezembro, às 18 horas
Windsor Barra Hotel
Avenida Lúcio Costa, 2630, Barra da Tijuca

Ingressos: de R$ 230 a R$ 300
Compras para São Paulo e Rio de Janeiro pelo site http://zahihawassnobrasil.com.br
Mais informações: contato@horusviagens.comou (32) 3031-4707

 

Informações retiradas do site da ANBA.

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