As exportações brasileiras de carne de frango somaram 364,6 mil toneladas no mês de julho, volume 5,7% menor do que o registrado em julho de 2019. São considerados todos os produtos, entre in natura e processados. A receita no período foi de US$ 498,2 milhões (R$ 2,7 bilhões pela conversão atual), valor 25% menor no mesmo comparativo. Os dados são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
No acumulado do ano, o setor registrou alta de 0,5%, totalizando 2,471 milhões de toneladas exportadas entre janeiro e julho de 2020. Em receita, houve queda de 11,4%, somando US$ 3,642 bilhões (R$ 19,83 bilhões).
“O volume exportado em julho deste ano foi acima da média efetivada em 2019, de 351 mil toneladas mensais. O comportamento mensal das exportações deste ano indica que a alta acumulada deverá se manter, com fechamento positivo para 2020”, disse em nota o diretor-executivo da ABPA, Ricardo Santin. A média é referente a todos os meses do ano passado juntos.
Os embarques para a Ásia foram destacados pela ABPA. Foram exportadas 988,3 mil toneladas para a região nos primeiros sete meses do ano, volume 12,7% maior que o registrado no mesmo período de 2019. A China foi o principal destino, com 406,8 mil toneladas, alta de 29%. Cingapura, Filipinas e Vietnã foram outros destaques.
Árabes
No bloco árabe houve queda de 7% em volume no acumulado do ano em relação ao do ano passado, somando 853,3 mil toneladas. A Arábia Saudita, que lidera os embarques, comprou 245 mil toneladas, volume 13% menor no mesmo comparativo. Os Emirados Árabes Unidos, segundo maior comprador do frango brasileiro no bloco, somaram 173,1 mil toneladas de janeiro a julho, queda de 21% no mesmo comparativo.
Entre os que tiveram crescimento no período estão a Líbia, com alta de 100%, somando 39,3 mil toneladas; o Bahrein, que comprou 24,4 mil toneladas, um crescimento de 50%; a Jordânia cresceu 33%, totalizando 37,4 mil toneladas no período; o Egito comprou 47,5 mil toneladas, alta de 27%; e o Catar cresceu 17%, somando 51,2 mil toneladas. O Egito abriu, no final de julho, o seu mercado para derivados de frango produzidos no Brasil, o que permite a exportação de produtos como nuggets e embutidos.